terça-feira, 7 de agosto de 2012

A BRUXA SOLITÁRIA




São muitas as pessoas que buscam um caminho de natureza mágica, mas que não se sentem preparadas, por um motivo ou outro, para se envolverem com grupos.

Elas seguem a velha tradição das bruxas e bruxos solitários.
São como as antigas mulheres sábias (ou homens sábios) dos vilarejos: alguém que conhece e venera a Deusa; alguém que pratica feitiço com o propósito de cura, e ensina os mistérios.

Apesar de às vezes ser um terreno solitário, conduz a caminhos de grande beleza.

Trechos destes caminhos podem ser percorridos em companhia de outras pessoas, mas os trabalhos de magia devem ser solitários ou praticados ao lado de um companheiro mágico. Isto agrada a alguns, mas há bruxas e bruxos que só se sentem à vontade sozinhos.

Ele ou ela não precisa necessariamente evitar amigos. Mas, por temperamento, prefere desempenhar um arquétipo diferente daquele de membro de grupos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

CARTA DE UMA BRUXA



Eu sou uma bruxa. Não trabalho para o demônio, não estou interessada no Satã.

Satã foi inventado pelos cristãos. Satanismo é uma forma de cristianismo. Eu não sou um cristão.Eu não vou a igreja aos domingos. Jesus não é meu salvador. Ele foi um simples homem sagrado e bom que viveu a 2000 anos atrás.

Eu não temo ir para o inferno porque eu acredito no inferno tanto quanto acredito no Satã.

Eu acredito em reencarnação; que voltarei para este mundo ou outro, e viverei outra vida.

Eu não sou má. Dizer as pessoas que eu sou uma "boa bruxa" ou perguntar me se sou uma boa bruxa implica que há más bruxas. Há pessoas más no mundo , e há pessoas que escolhem usar com as forças da natureza no propósito para fazer mal aos outros; essas pessoas não são bruxas. A lei principal da bruxa é "Faça o que quiseres sem a ninguém prejudicar".

Por favor não me pergunte sobre sacrifício de gatos ou profanação igrejas. Eu amo meus gatos. E eu não vou a igrejas e sinagogas a menos um amigo de outra religião me onvide para uma ocasião especial . E se tenho que entrar numa igreja, eu não vou sofrer um "ataque divino". E se um cristão, ou um Judeu, ou um budista vem a um ritual pagão, nossos deuses não atacarão até morrer. Não é isso algo a se pensar?

Vestir um pentáculo não é diferente que vestir uma cruz, crucifixo ou uma estrela de Davi. Se você quer que eu retire o símbolo da minha religião (e Wicca é uma religião, protegida pela mesma. Primeira Emenda dos Direitos como outras religiões.) por que é ofensivo, você precisa fazer com que cada um de cada religião o faça também. Os cinco pontos da estrela simbolizam os cinco elementos: Terra, Ar, Fogo e Água, e o quinto ponto é o Espírito. Circundado pelo Mundo. Como que pode ofender, não dá para imaginar. Uma imagem de um torturado, uma homem agonizando é mais ofensiva, e mesmoassim, milhares de pessoas usam crucifixos todo dia.Também, não me pergunte se eu estou num coven com aquele jeito horripilante, meio aquele tom de voz "fascinada". Se eu quero falar sobre meu coven, eu irei educá-la. Se sou um praticante solitário, eu não tenho coven para discutir.

Em qualquer caso, em nossos rituais temos velas, comida, bebida, poesias, dança...sim, há uma faca, mas ela só corta o ar, e não carne de alguém.

Eu não bebo sangue. Não sou a mesma coisa que vampiro. Eu visto preto porque isso mantém a negatividade fora e porque fica melhor em mim que laranja e bolinhas roxo/púrpura.

Se você quer me perguntar algo relacionado a minha religião, pergunte-me quando a próxima lua cheia vai chegar. Ou melhor, quando a próxima lua azul vai chegar. Ou pergunte o que a lua azul. E Pergunte-me sobre ervas. Cristais. Curas. As vezes me pedem para fazer uma poção do amor. Mas eu não lanço feitiços em outras pessoas e não lançarei um feitiço em você para ficar linda, magra, mais atraente . E eu não vou lançar um feitiço no seu "desejado" para fazer ele te amar . Acredite-me, você nãoquer isso. Isso é forma de manipulação , mandar em alguém , infringe na sualiberdade. Não é bom para ninguém.

E também não vou lançar um feitiço para alguém parar de fazer algo contigo. Magia funciona como uma co-criação. Uma bruxa funciona com energia universal, com os deuses, "inclinando" a máquina de probabilidade para algo.

Precisa de dinheiro? Não tente enfeitiçar seu chefe a dar um aumento. Simplesmente peça ao Universo que aumente os "fluidos" de abundância e prosperidade em sua direção . Isso não afeta ninguém.Última coisa; dar-me um livro sobre a inquisição é como dar um livro sobre o Holocausto a um judeu. Não é engraçado, é rude.

Por favor não tente me deixar envergonhada com o que faço ou o que sou. Por favor não tente me converter ou me "salvar". Não atire água benta em mim.

Não me deixe "santinhos" sobre minha mesa ou pára-brisa. Eu não necessito ser salva.

Nós somos orgulhosas pelo fato de não precisarmos recrutar pessoas para serem bruxas. Nós simplesmente somos, e todos a nossa volta nos verão com pensamos, como agimos, na nossa paz interior, e só quando uma pessoa diz "como faço para me tornar um bruxa?" nós fazemos ela adentrar conosco.

Eu nunca irei deixar uma propaganda da religião com alguém. Eu não tenho uma propaganda, a não ser que considere esta carta como uma. E eu não estou interessada em convertê-lo. Eu só peço a você que me compreenda. E se não quiser me compreender, apenas me deixe sozinha.

Abençoados sejam...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

SER BRUXA É...



Acreditar e aceitar a Lei Tríplice, que determina que um ato sempre tem a resposta em efeito bumerangue. O que se faz retorna 3 vezes para o emissor, portanto as bruxas geram bons pensamentos e fazem todas as coisas sempre para o bem de todos os envolvidos.

Em que acreditam as Bruxa?
· Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a Terra, animais e plantas.
· Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois os Círculo é um espaço sagrado.
· Convicção na reencarnação.
· Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabás Solares e entre 12 e 13 Esbás Lunares(21 ritos anuais).
· Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino.
· Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam Bruxas por escolhas própria.
· Igualdade à mulheres e homens, pois ambos são complementares, apesar de sempre a mulher ser enfocada.
· Importância aos "3 Rs" : REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR.
· O sentido de servidão à Terra.
· Respeito por todas as Religiões e liberdade religiosa.
· O Repúdio por qualquer forma de preconceito.
· Conscienciosidade em relação à cidadania.


RESPOSTAS PARA AS DIVERSAS DETURPAÇÕES ATRIBUÍDAS À BRUXARIA:
. Bruxas não acreditam nem honram a Deidade conhecida como Satã, pois o demônio é uma crença da Igreja Católica e de outras correntes do Cristianismo.
. Bruxas não sacrificam animais ou humanos.
. Bruxas não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas acreditam em outros aspectos divinos.
. Bruxas ou bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anti-cristãos, apenas não são cristãos.
. Nos Sabás e Esbás não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais.
. Bruxas não praticam necessariamente Magia Negra.
. Bruxas não forçam ninguém à fazer algo que agrida seus princípios e crenças.
. Bruxas não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias.

COMO TORNAR-SE UMA BRUXA(O)?

Desde que os seres humanos estão neste planeta o espírito tem escolhido seres com um dom especial para trabalhar com a magia. Em verdade todos podemos estudar ciências mágicas ou místicas, mas só poderemos praticá-las depois de muito conhecimento, dedicação e treinamento. Costuma-se dizer que o aluno encontrará seu mestre quando seja a hora e momento, e eu sempre digo que não são alunos, mas filhos adotados com a alma.

A Iniciação

Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano e um dia. O ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra. Para um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua.
Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã: através de autoiniciação ou ser iniciado por um bruxo(a) experiente e capaz.



"Uma bruxa, para mim, é uma pessoa comum, como todas as outras, mas ao mesmo tempo diferente. É uma pessoa sensível a tudo que acontece a sua volta. Alguém que está sempre atento aos sinais que a Natureza nos oferece. Que aprecia a chuva caindo no chão e o cheirinho de terra molhada; as ondas do mar vindo e voltando; a lua no céu; o sol que nos ilumina e aquece.
Uma bruxa não precisa fazer feitiços para ser considerada como tal, muitas nem sabem que são bruxas. Essas pessoas vivem da magia, mas talvez nem saibam o significado desta palavra. A magia delas é colocar ervas dentro de um pouco de água fervida para curar uma doença; de jogar ingredientes dentro de uma panela e tranformá-los num saboroso alimento; de plantar uma semente no quintal, ou num vaso, e cuidar dela até que esta semente cresça e se torne uma linda flor. E elas vivem tudo isso tão itensamente que acabam passando uma ótima energia aqueles que estão a sua volta.
Não há uma religião específica para as bruxas, porque a magia não tem religião. Ela acontece em todo lugar, seja rituando para os seus Deuses, seja orando dentro de uma Igreja. A magia está presente em tudo o que fazemos, independente daquilo que acreditamos.
Acredito que para ser uma bruxa, basta prestar atenção nesta magia que acontece a todo momento, e conseguir conduzir esta energia para um propósito, mesmo que isso seja um ato incosciente."
(DANIELA GARCIA)
Sei que muitos não vão concordar com esta visão do que é ser uma bruxa, então, deixo a pergunta:
E, para você... O que é ser uma bruxa?

sábado, 2 de maio de 2009

O QUE É SER BRUXA


O que há de tão misterioso? O que é ser Bruxa? Que misterioso significado carrega essa tão fascinante palavra?
Ser Bruxa é necessariamente ser adepta do new age? É ter um caldeirão? É fazer feitiços? Andar de preto? Pendurar um pentagrama no pescoço? É carregar títulos, ter iniciação, prever o futuro, ter poderes paranormais, jogar pragas? O que é ser Bruxa? Volto a perguntar...
Ando vendo por aí muitas definições um tanto quanto problemáticas a respeito do real sentido da palavra Bruxa, definições de todos os tipos, tanto de pessoas que não entendem nada sobre o assunto, quanto de pessoas que acham que entendem algo.
Em primeiro lugar, quero dizer que uma Bruxa não segue necessariamente a BruxariaTradicional, Wicca e qualquer outra tradição, ela pode ser a humilde benzedeira, ela pode ser a católica, a camponesa, a cozinheira, a parteira e etc, etc...
A verdade é que todos nós temos um poder guardado que foi se atrofiando com o tempo, e que podemos despertar e utilizar independente do caminho que decidimos tomar e isso prova que as Bruxas não são nem diferentes nem mais especiais que ninguém.
Ser Bruxa é colocar toda essa energia atrofiada para funcionar em nosso favor e ao favor do próximo, é praticar a filantropia, é ser universal, é entender e manipular o microcosmo¹ em junção do macrocosmo², para promover a cura,o amor e o entendimento da alma.
Quando sentimos o poder fluir (não o poder egocêntrico), temos um olhar muito mais aguçado e muito mais poético, pois entendemos o mundo; muitas religiões gostam de afirmar que "não somos desse mundo, pois ele é de pecado". Não, não se enganem, não é o mundo que é mau, mas sim as pessoas que o tornam cruel.
Devemos fazer do mundo a nossa agradável morada, pois ele em si é uma manifestação de Deus/Deusa (ou como preferir ver a Divindade).
A verdadeira Bruxa quando observa o pôr-do-sol, fecha os olhos e sente a alma expandir, ela sente que é tudo, que entende tudo e consegue traduzir o canto universal, esse misterioso chamado que nos proporciona tão grande bem estar e plenitude de ser.
Quando a Bruxa vê a lua, sente que entre elas existe uma ligação muito íntima, pois ambas possuem ciclos, fases, ser Bruxa também é isso, é identificar as analogias entre a natureza e o "Eu"e ver que o que está em cima, é o que está embaixo.
A Bruxa possui a sabedoria conseguida através da maturidade e das muitas experiências, sem contudo perder o coração doce da criança que descobre o mundo.
De suas mãos brotam a Arte em todos os sentidos, ela tem amor por tudo que faz, tem o toque delicado que acaricia as flores, que tenta tocar as estrelas, que tenta tocar o infinito. Todas sabem que a natureza é uma Mãe sábia, ela nos dá, mas também tira, e que devemos ser sagazes, fortes, e que um dia, todos, sem exceção, voltaremos para ela, para o grande Útero Universal.
***
1Microcosmo significa 'pequeno mundo', nós somos o microcosmo ou seja nosso organismo seria uma miniatura do universo.
2Macrocosmo significa 'grande mundo', o Universo é esse grande mundo que reflete em nós.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

BRUXARIA TRADICIONAL X BRUXARIA MODERNA



BRUXARIA


A palavra Bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca.

É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria.
Para os bruxos seguidores da Moderna Wicca, contudo, a Bruxaria é o culto à Deusa e ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking).
Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços, seja ele bruxo ou não, e feitiço, o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade.

A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou "energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir.





A BRUXARIA TRADICIONAL E A BRUXARIA MODERNA

Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de bruxaria tradicional e da moderna.

A bruxaria tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A bruxaria moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a bruxaria tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da bruxaria moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na bruxaria tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental.

Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.



Dois Princípios Básicos na Bruxaria


A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.


1. O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.


2. A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.



Caça às Bruxas na Europa Ocidental:

A Caça às Bruxas foi uma perseguição social e religiosa que começou no final da Idade Média e atinge seu apogeu na Idade Moderna.

O mais famoso manual de Caça às Bruxas é o Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras), de 1484.
No passado os historiadores consideraram a Caça às Bruxas européia como um ataque de histeria supersticiosa que teria sido forjada e espelhada pela Igreja Católica.

Seguindo essa lógica, era "natural" supor que a perseguição teria sido pior quando o poder da igreja era maior, ou seja: antes da Reforma Protestante dividir a cristandade ocidental em segmentos conflitantes.

Nessa visão, embora houvesse ocorrido também julgamentos no começo do período moderno, eles teriam sido poucos se comparados aos supostos horrores medievais.

Pesquisas recentes derrubaram essa teoria de forma bastante clara e, ironicamente, descobriu-se que o momento mais forte da histeria contra as bruxas ocorreu entre 1550 e 1650, juntamente com o nascimento da celebrada "Idade da Razão".

Na Idade Média
Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno reconheciam o poder das bruxas e, em função disso, formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos.

O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando bruxas de forma activa. Esse contexto relativamente benígno permaneceu sem grandes alterações por séculos.
As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média.

Pouco depois de 1300, na Europa Central, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malígnas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento.


Falava-se de conspirações por parte dos muçulmanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas.


Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia entre 1347 e 1350) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em supostas bruxas e "propagadores de praga".
Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no Século XV.


Na Idade Moderna

Em 1484 foi lançado o livro Malleus Maleficarum, pelos inquisidores Heinrich Institoris e Jakob Sprenger, que se torna uma espécie de bíblia da caça às bruxas. Com 28 edições esse volumoso manual define as práticas consideradas demoníacas.
Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chega a diminuir por alguns anos. Entretanto, em 1550 a perseguição cresce novamente, dessa vez atingindo níveis alarmantes.

Esse é o período mais sanguinário da histeria, que atingiu tanto terras católicas como protestantes e durou de 1550 a 1650.

Depois desse período os julgamentos diminuem fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.

Caça às Bruxas - Novas visões históricas.

A partir dos anos 70 do Século XX, os historiadores passaram a estudar detalhadamente os registros históricos de julgamentos, ao invés de confiar apenas nos relatos dos casos mais famosos e outras fontes pouco seguras.
A nova metodologia trouxe mudanças significativas na compreensão que se tinha deste período. Vejamos algumas das ideias chaves dessa nova visão:
A "Caça às Bruxas" na Europa começou no fim da Idade Média e foi um fenómeno religioso e social da Idade Moderna.

A situação assumiu tamanha dimensão, também devido às populações sofrerem frequentemente de maus anos agrícolas e de epidemias, resultando elevada taxa de mortalidade, e dominadas pela superstição e pelo medo.

A maior parte das vítimas foram julgadas e executadas entre 1550 e 1650.

A quantidade de julgamentos e a proporção entre homens e mulheres condenados poderá variar consideravelmente de um local para o outro.

Na verdade, 3/4 do continente europeu não presenciou nem um julgamento sequer.

A maioria das vítimas foram julgadas e executadas por tribunais seculares, sendo os tribunais locais, foram de longe os mais intolerantes e cruéis.

Por outro lado, as pessoas julgadas em tribunais religiosos recebiam um melhor tratamento, tinham mais chances de poderem ser inocentadas ou de receber punições mais brandas.
O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25% foram homens.

Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto denunciantes, e não apenas como vítimas.

A maioria das vítimas eram parteiras ou curandeiros; mas a maioria não era bruxa.

Em sua maioria as vítimas eram da religião cristã, até porque a população pagã na Europa na época da Caça às Bruxas, era muito reduzida.
Estudos recentes vêm apontar que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários conhecidos como alcalóides do Ergot e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam profundamente o sistema nervoso central.

Os camponeses que comeram pão de centeio (o pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e desenvolveram a doença, actualmente denominada de ergotismo.
Em alguns casos, também verificou-se alegações falsas de prática de "bruxaria" e de estar "possuído pelo demônio, com o fim de se apropriar ilicitamente de bens alheios ou como uma forma de vingança.
Três artigos - em inglês - que explicam as novas teses são:
§ The Burning Times;
§ Recent Developments in the Study of The Great European Witch Hunt.
§ Who Burned the Witches?

sábado, 7 de março de 2009

COMO ENCONTRAR GRUPOS E COVENS


Muitas pessoas nos escrevem perguntando se conhecemos covens ou grupos de estudos em suas cidades, então este texto foi criado como uma forma de orientá-los a respeito.

Hoje em dia, é muito mais fácil encontrar grupos do que há 5 ou 10 anos. Tudo porque a Bruxaria se popularizou e tudo o mais. A grande questão é que não há como ter um controle a respeito da existência de tais grupos, e por esse motivo é praticamente impossível saber quantos grupos existem, ou onde eles estão.


Dentro da Wicca, geralmente os covens são secretos. Isso significa que você não verá sites de covens, comunidades no Orkut ou anúncios em jornal a respeito deles. Existem muitos grupos abertos, pois têm uma filosofia mais didática, então esses são os que você conseguirá contato mais fácil.

Quando eu digo que covens são secretos, o que quero dizer é que na minha rua pode existir um coven e eu não sei nada a respeito dele. Entendem? A única maneira de conhecer um coven assim é conhecer alguém que faça parte dele e, se essa pessoa puder confiar em você, ela irá lhe contar ou mesmo lhe convidar para fazer parte. É assim que as coisas funcionam.

Sendo assim, quando alguém nos pergunta se conhecemos algum coven ou grupo de estudos na cidade tal, não temos como responder. O que a pessoa pode fazer é entrar em alguma comunidade do Orkut, por exemplo, “Wicca - Manaus”, e entrar em contato com as pessoas de lá, fazer amizades.

Mesmo escrevendo que você quer fazer parte de um grupo, é difícil encontrar, pois as pessoas podem ficar receosas. Isso acontece porque há muita gente atrás de covens somente pela modinha. Você precisa mostrar que quer isso de verdade, então troque idéias com as pessoas.

Desnecessário dizer também que é perigoso sair por aí perguntando sobre grupos, pois existe todo tipo de gente louca pelo mundo. Por isso, a única dica realmente útil que eu posso dar é: conheça as pessoas. Se você fizer amizade com alguém legal que também te achar bacana, e se essa pessoa tiver um coven ou grupo de estudos, ela naturalmente irá chamar você para fazer parte. E, se ela não tiver… quem sabe vocês não montam um grupo juntos?
Paciência e cuidado.

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RITUAIS


Elaboramos este guia prático (e básico) para que você use como sugestão ao elaborar seus próprios rituais, etapa por etapa. Vale lembrar que este é um modelo padrão, que você pode seguir ou não. Fique à vontade para tornar o ritual o mais apropriado possível ao que você pode fazer.


1. O objetivo do ritual
Você deve ter bem claro qual o objetivo do ritual, pois sem isso seu ritual será praticamente inútil e apenas desperdício de energia. Isto é muito importante pois é a partir da meta de seu ritual que você poderá delimitar todas as ações que serão realizadas.

2. A escolha das divindades
Se você costuma trabalhar com um panteão específico, possivelmente já tem uma idéia de quais deuses chamará a este ritual, de acordo com o seu objetivo. Se você trabalha com vários panteões, o procedimento deve ser o mesmo. Se você não trabalha com nenhum, pode simplesmente invocar a Deusa e o Deus, de forma genérica. Uma dica importante: procure não misturar panteões em seus rituais.

3. Correspondências
Elabore todas as outras correspondências do ritual. Que tipo de incenso você vai usar, quais ervas, cores das velas, fase da Lua, dia da semana, horário do dia etc. Tudo isso você deve fazer analisando as correspondências e adequando-as ao seu objetivo.

4. Rascunho do ritual
Faça um esboço de todo o seu ritual, desde o momento em que você lança o círculo até o momento em que o ritual se encerra. Se você não sabe como fazer isso, use este guia.

5. Arrumação do altar
Arrume o seu altar de acordo com a ocasião, no local onde realizará o seu ritual. Coloque todos os utensílios necessários, enfeite com plantas (se achar necessário), mas procure manter tudo bastante simples. Não se esqueça de trazer itens extremamente necessários ao ritual, como fósforos e tudo o mais que você possa precisar.

6. Purificação
No dia do ritual, purifique a si mesmo e ao local onde será realizado. Você pode purificar o local através dos quatro elementos: sal (terra), água (água), incenso (ar) e vela (fogo), dizendo bênçãos de purificação e pedindo para os deuses. Cada um tem a sua forma de se purificar. Você pode fazer isso tomando um banho antes do ritual, ungir seu corpo com óleo etc.

7. Lance o círculo
O lançamento do círculo marca o início do ritual. Para saber mais sobre o círculo, clique em
http://olivrodabruxa.blogspot.com/

8. Feitiço
Se você estiver realizando um feitiço, este é o momento de executá-lo. Se for um ritual de sabbat, é neste momento em que se começa o ritual.

9. O cone de poder
Canalize e eleve a energia, direcionando-a para o seu objetivo. Caso você não saiba trabalhar com a energia de forma segura, é aconselhável que não o faça, pois brincar com as energias não é indicado.

10. Aterramento
Depois de enviar o poder, é muito importante aterrar a energia para que não lhe afete internamente. Você pode ficar nervoso, irritado, tudo por conseqüência de um não-aterramento. Por isso, quando enviar o poder, deite-se no chão com a barriga e palmas das mãos e dos pés para baixo e sinta toda a sua energia voltando para a Terra, que lhe envia novas energias também.

11. Encerramento
Agora você pode encerrar o ritual banindo o círculo e agradecendo aos deuses. Na maioria das vezes, deixe as velas e o incenso queimarem até o fim (a não ser que o seu feitiço peça outro fim com as velas, como jogar em água corrente ou enterrá-las).
Muita luz