sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

CARTA DE UMA BRUXA



Eu sou uma bruxa. Não trabalho para o demônio, não estou interessada no Satã.

Satã foi inventado pelos cristãos. Satanismo é uma forma de cristianismo. Eu não sou um cristão.Eu não vou a igreja aos domingos. Jesus não é meu salvador. Ele foi um simples homem sagrado e bom que viveu a 2000 anos atrás.

Eu não temo ir para o inferno porque eu acredito no inferno tanto quanto acredito no Satã.

Eu acredito em reencarnação; que voltarei para este mundo ou outro, e viverei outra vida.

Eu não sou má. Dizer as pessoas que eu sou uma "boa bruxa" ou perguntar me se sou uma boa bruxa implica que há más bruxas. Há pessoas más no mundo , e há pessoas que escolhem usar com as forças da natureza no propósito para fazer mal aos outros; essas pessoas não são bruxas. A lei principal da bruxa é "Faça o que quiseres sem a ninguém prejudicar".

Por favor não me pergunte sobre sacrifício de gatos ou profanação igrejas. Eu amo meus gatos. E eu não vou a igrejas e sinagogas a menos um amigo de outra religião me onvide para uma ocasião especial . E se tenho que entrar numa igreja, eu não vou sofrer um "ataque divino". E se um cristão, ou um Judeu, ou um budista vem a um ritual pagão, nossos deuses não atacarão até morrer. Não é isso algo a se pensar?

Vestir um pentáculo não é diferente que vestir uma cruz, crucifixo ou uma estrela de Davi. Se você quer que eu retire o símbolo da minha religião (e Wicca é uma religião, protegida pela mesma. Primeira Emenda dos Direitos como outras religiões.) por que é ofensivo, você precisa fazer com que cada um de cada religião o faça também. Os cinco pontos da estrela simbolizam os cinco elementos: Terra, Ar, Fogo e Água, e o quinto ponto é o Espírito. Circundado pelo Mundo. Como que pode ofender, não dá para imaginar. Uma imagem de um torturado, uma homem agonizando é mais ofensiva, e mesmoassim, milhares de pessoas usam crucifixos todo dia.Também, não me pergunte se eu estou num coven com aquele jeito horripilante, meio aquele tom de voz "fascinada". Se eu quero falar sobre meu coven, eu irei educá-la. Se sou um praticante solitário, eu não tenho coven para discutir.

Em qualquer caso, em nossos rituais temos velas, comida, bebida, poesias, dança...sim, há uma faca, mas ela só corta o ar, e não carne de alguém.

Eu não bebo sangue. Não sou a mesma coisa que vampiro. Eu visto preto porque isso mantém a negatividade fora e porque fica melhor em mim que laranja e bolinhas roxo/púrpura.

Se você quer me perguntar algo relacionado a minha religião, pergunte-me quando a próxima lua cheia vai chegar. Ou melhor, quando a próxima lua azul vai chegar. Ou pergunte o que a lua azul. E Pergunte-me sobre ervas. Cristais. Curas. As vezes me pedem para fazer uma poção do amor. Mas eu não lanço feitiços em outras pessoas e não lançarei um feitiço em você para ficar linda, magra, mais atraente . E eu não vou lançar um feitiço no seu "desejado" para fazer ele te amar . Acredite-me, você nãoquer isso. Isso é forma de manipulação , mandar em alguém , infringe na sualiberdade. Não é bom para ninguém.

E também não vou lançar um feitiço para alguém parar de fazer algo contigo. Magia funciona como uma co-criação. Uma bruxa funciona com energia universal, com os deuses, "inclinando" a máquina de probabilidade para algo.

Precisa de dinheiro? Não tente enfeitiçar seu chefe a dar um aumento. Simplesmente peça ao Universo que aumente os "fluidos" de abundância e prosperidade em sua direção . Isso não afeta ninguém.Última coisa; dar-me um livro sobre a inquisição é como dar um livro sobre o Holocausto a um judeu. Não é engraçado, é rude.

Por favor não tente me deixar envergonhada com o que faço ou o que sou. Por favor não tente me converter ou me "salvar". Não atire água benta em mim.

Não me deixe "santinhos" sobre minha mesa ou pára-brisa. Eu não necessito ser salva.

Nós somos orgulhosas pelo fato de não precisarmos recrutar pessoas para serem bruxas. Nós simplesmente somos, e todos a nossa volta nos verão com pensamos, como agimos, na nossa paz interior, e só quando uma pessoa diz "como faço para me tornar um bruxa?" nós fazemos ela adentrar conosco.

Eu nunca irei deixar uma propaganda da religião com alguém. Eu não tenho uma propaganda, a não ser que considere esta carta como uma. E eu não estou interessada em convertê-lo. Eu só peço a você que me compreenda. E se não quiser me compreender, apenas me deixe sozinha.

Abençoados sejam...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

SER BRUXA É...



Acreditar e aceitar a Lei Tríplice, que determina que um ato sempre tem a resposta em efeito bumerangue. O que se faz retorna 3 vezes para o emissor, portanto as bruxas geram bons pensamentos e fazem todas as coisas sempre para o bem de todos os envolvidos.

Em que acreditam as Bruxa?
· Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a Terra, animais e plantas.
· Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois os Círculo é um espaço sagrado.
· Convicção na reencarnação.
· Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabás Solares e entre 12 e 13 Esbás Lunares(21 ritos anuais).
· Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino.
· Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam Bruxas por escolhas própria.
· Igualdade à mulheres e homens, pois ambos são complementares, apesar de sempre a mulher ser enfocada.
· Importância aos "3 Rs" : REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR.
· O sentido de servidão à Terra.
· Respeito por todas as Religiões e liberdade religiosa.
· O Repúdio por qualquer forma de preconceito.
· Conscienciosidade em relação à cidadania.


RESPOSTAS PARA AS DIVERSAS DETURPAÇÕES ATRIBUÍDAS À BRUXARIA:
. Bruxas não acreditam nem honram a Deidade conhecida como Satã, pois o demônio é uma crença da Igreja Católica e de outras correntes do Cristianismo.
. Bruxas não sacrificam animais ou humanos.
. Bruxas não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas acreditam em outros aspectos divinos.
. Bruxas ou bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anti-cristãos, apenas não são cristãos.
. Nos Sabás e Esbás não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais.
. Bruxas não praticam necessariamente Magia Negra.
. Bruxas não forçam ninguém à fazer algo que agrida seus princípios e crenças.
. Bruxas não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias.

COMO TORNAR-SE UMA BRUXA(O)?

Desde que os seres humanos estão neste planeta o espírito tem escolhido seres com um dom especial para trabalhar com a magia. Em verdade todos podemos estudar ciências mágicas ou místicas, mas só poderemos praticá-las depois de muito conhecimento, dedicação e treinamento. Costuma-se dizer que o aluno encontrará seu mestre quando seja a hora e momento, e eu sempre digo que não são alunos, mas filhos adotados com a alma.

A Iniciação

Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano e um dia. O ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra. Para um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua.
Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã: através de autoiniciação ou ser iniciado por um bruxo(a) experiente e capaz.



"Uma bruxa, para mim, é uma pessoa comum, como todas as outras, mas ao mesmo tempo diferente. É uma pessoa sensível a tudo que acontece a sua volta. Alguém que está sempre atento aos sinais que a Natureza nos oferece. Que aprecia a chuva caindo no chão e o cheirinho de terra molhada; as ondas do mar vindo e voltando; a lua no céu; o sol que nos ilumina e aquece.
Uma bruxa não precisa fazer feitiços para ser considerada como tal, muitas nem sabem que são bruxas. Essas pessoas vivem da magia, mas talvez nem saibam o significado desta palavra. A magia delas é colocar ervas dentro de um pouco de água fervida para curar uma doença; de jogar ingredientes dentro de uma panela e tranformá-los num saboroso alimento; de plantar uma semente no quintal, ou num vaso, e cuidar dela até que esta semente cresça e se torne uma linda flor. E elas vivem tudo isso tão itensamente que acabam passando uma ótima energia aqueles que estão a sua volta.
Não há uma religião específica para as bruxas, porque a magia não tem religião. Ela acontece em todo lugar, seja rituando para os seus Deuses, seja orando dentro de uma Igreja. A magia está presente em tudo o que fazemos, independente daquilo que acreditamos.
Acredito que para ser uma bruxa, basta prestar atenção nesta magia que acontece a todo momento, e conseguir conduzir esta energia para um propósito, mesmo que isso seja um ato incosciente."
(DANIELA GARCIA)
Sei que muitos não vão concordar com esta visão do que é ser uma bruxa, então, deixo a pergunta:
E, para você... O que é ser uma bruxa?

sábado, 2 de maio de 2009

O QUE É SER BRUXA


O que há de tão misterioso? O que é ser Bruxa? Que misterioso significado carrega essa tão fascinante palavra?
Ser Bruxa é necessariamente ser adepta do new age? É ter um caldeirão? É fazer feitiços? Andar de preto? Pendurar um pentagrama no pescoço? É carregar títulos, ter iniciação, prever o futuro, ter poderes paranormais, jogar pragas? O que é ser Bruxa? Volto a perguntar...
Ando vendo por aí muitas definições um tanto quanto problemáticas a respeito do real sentido da palavra Bruxa, definições de todos os tipos, tanto de pessoas que não entendem nada sobre o assunto, quanto de pessoas que acham que entendem algo.
Em primeiro lugar, quero dizer que uma Bruxa não segue necessariamente a BruxariaTradicional, Wicca e qualquer outra tradição, ela pode ser a humilde benzedeira, ela pode ser a católica, a camponesa, a cozinheira, a parteira e etc, etc...
A verdade é que todos nós temos um poder guardado que foi se atrofiando com o tempo, e que podemos despertar e utilizar independente do caminho que decidimos tomar e isso prova que as Bruxas não são nem diferentes nem mais especiais que ninguém.
Ser Bruxa é colocar toda essa energia atrofiada para funcionar em nosso favor e ao favor do próximo, é praticar a filantropia, é ser universal, é entender e manipular o microcosmo¹ em junção do macrocosmo², para promover a cura,o amor e o entendimento da alma.
Quando sentimos o poder fluir (não o poder egocêntrico), temos um olhar muito mais aguçado e muito mais poético, pois entendemos o mundo; muitas religiões gostam de afirmar que "não somos desse mundo, pois ele é de pecado". Não, não se enganem, não é o mundo que é mau, mas sim as pessoas que o tornam cruel.
Devemos fazer do mundo a nossa agradável morada, pois ele em si é uma manifestação de Deus/Deusa (ou como preferir ver a Divindade).
A verdadeira Bruxa quando observa o pôr-do-sol, fecha os olhos e sente a alma expandir, ela sente que é tudo, que entende tudo e consegue traduzir o canto universal, esse misterioso chamado que nos proporciona tão grande bem estar e plenitude de ser.
Quando a Bruxa vê a lua, sente que entre elas existe uma ligação muito íntima, pois ambas possuem ciclos, fases, ser Bruxa também é isso, é identificar as analogias entre a natureza e o "Eu"e ver que o que está em cima, é o que está embaixo.
A Bruxa possui a sabedoria conseguida através da maturidade e das muitas experiências, sem contudo perder o coração doce da criança que descobre o mundo.
De suas mãos brotam a Arte em todos os sentidos, ela tem amor por tudo que faz, tem o toque delicado que acaricia as flores, que tenta tocar as estrelas, que tenta tocar o infinito. Todas sabem que a natureza é uma Mãe sábia, ela nos dá, mas também tira, e que devemos ser sagazes, fortes, e que um dia, todos, sem exceção, voltaremos para ela, para o grande Útero Universal.
***
1Microcosmo significa 'pequeno mundo', nós somos o microcosmo ou seja nosso organismo seria uma miniatura do universo.
2Macrocosmo significa 'grande mundo', o Universo é esse grande mundo que reflete em nós.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

BRUXARIA TRADICIONAL X BRUXARIA MODERNA



BRUXARIA


A palavra Bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca.

É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria.
Para os bruxos seguidores da Moderna Wicca, contudo, a Bruxaria é o culto à Deusa e ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking).
Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços, seja ele bruxo ou não, e feitiço, o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade.

A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou "energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir.





A BRUXARIA TRADICIONAL E A BRUXARIA MODERNA

Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de bruxaria tradicional e da moderna.

A bruxaria tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A bruxaria moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a bruxaria tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da bruxaria moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na bruxaria tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental.

Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.



Dois Princípios Básicos na Bruxaria


A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.


1. O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.


2. A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.



Caça às Bruxas na Europa Ocidental:

A Caça às Bruxas foi uma perseguição social e religiosa que começou no final da Idade Média e atinge seu apogeu na Idade Moderna.

O mais famoso manual de Caça às Bruxas é o Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras), de 1484.
No passado os historiadores consideraram a Caça às Bruxas européia como um ataque de histeria supersticiosa que teria sido forjada e espelhada pela Igreja Católica.

Seguindo essa lógica, era "natural" supor que a perseguição teria sido pior quando o poder da igreja era maior, ou seja: antes da Reforma Protestante dividir a cristandade ocidental em segmentos conflitantes.

Nessa visão, embora houvesse ocorrido também julgamentos no começo do período moderno, eles teriam sido poucos se comparados aos supostos horrores medievais.

Pesquisas recentes derrubaram essa teoria de forma bastante clara e, ironicamente, descobriu-se que o momento mais forte da histeria contra as bruxas ocorreu entre 1550 e 1650, juntamente com o nascimento da celebrada "Idade da Razão".

Na Idade Média
Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno reconheciam o poder das bruxas e, em função disso, formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos.

O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando bruxas de forma activa. Esse contexto relativamente benígno permaneceu sem grandes alterações por séculos.
As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média.

Pouco depois de 1300, na Europa Central, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malígnas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento.


Falava-se de conspirações por parte dos muçulmanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas.


Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia entre 1347 e 1350) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em supostas bruxas e "propagadores de praga".
Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no Século XV.


Na Idade Moderna

Em 1484 foi lançado o livro Malleus Maleficarum, pelos inquisidores Heinrich Institoris e Jakob Sprenger, que se torna uma espécie de bíblia da caça às bruxas. Com 28 edições esse volumoso manual define as práticas consideradas demoníacas.
Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chega a diminuir por alguns anos. Entretanto, em 1550 a perseguição cresce novamente, dessa vez atingindo níveis alarmantes.

Esse é o período mais sanguinário da histeria, que atingiu tanto terras católicas como protestantes e durou de 1550 a 1650.

Depois desse período os julgamentos diminuem fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.

Caça às Bruxas - Novas visões históricas.

A partir dos anos 70 do Século XX, os historiadores passaram a estudar detalhadamente os registros históricos de julgamentos, ao invés de confiar apenas nos relatos dos casos mais famosos e outras fontes pouco seguras.
A nova metodologia trouxe mudanças significativas na compreensão que se tinha deste período. Vejamos algumas das ideias chaves dessa nova visão:
A "Caça às Bruxas" na Europa começou no fim da Idade Média e foi um fenómeno religioso e social da Idade Moderna.

A situação assumiu tamanha dimensão, também devido às populações sofrerem frequentemente de maus anos agrícolas e de epidemias, resultando elevada taxa de mortalidade, e dominadas pela superstição e pelo medo.

A maior parte das vítimas foram julgadas e executadas entre 1550 e 1650.

A quantidade de julgamentos e a proporção entre homens e mulheres condenados poderá variar consideravelmente de um local para o outro.

Na verdade, 3/4 do continente europeu não presenciou nem um julgamento sequer.

A maioria das vítimas foram julgadas e executadas por tribunais seculares, sendo os tribunais locais, foram de longe os mais intolerantes e cruéis.

Por outro lado, as pessoas julgadas em tribunais religiosos recebiam um melhor tratamento, tinham mais chances de poderem ser inocentadas ou de receber punições mais brandas.
O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25% foram homens.

Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto denunciantes, e não apenas como vítimas.

A maioria das vítimas eram parteiras ou curandeiros; mas a maioria não era bruxa.

Em sua maioria as vítimas eram da religião cristã, até porque a população pagã na Europa na época da Caça às Bruxas, era muito reduzida.
Estudos recentes vêm apontar que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários conhecidos como alcalóides do Ergot e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam profundamente o sistema nervoso central.

Os camponeses que comeram pão de centeio (o pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e desenvolveram a doença, actualmente denominada de ergotismo.
Em alguns casos, também verificou-se alegações falsas de prática de "bruxaria" e de estar "possuído pelo demônio, com o fim de se apropriar ilicitamente de bens alheios ou como uma forma de vingança.
Três artigos - em inglês - que explicam as novas teses são:
§ The Burning Times;
§ Recent Developments in the Study of The Great European Witch Hunt.
§ Who Burned the Witches?

sábado, 7 de março de 2009

COMO ENCONTRAR GRUPOS E COVENS


Muitas pessoas nos escrevem perguntando se conhecemos covens ou grupos de estudos em suas cidades, então este texto foi criado como uma forma de orientá-los a respeito.

Hoje em dia, é muito mais fácil encontrar grupos do que há 5 ou 10 anos. Tudo porque a Bruxaria se popularizou e tudo o mais. A grande questão é que não há como ter um controle a respeito da existência de tais grupos, e por esse motivo é praticamente impossível saber quantos grupos existem, ou onde eles estão.


Dentro da Wicca, geralmente os covens são secretos. Isso significa que você não verá sites de covens, comunidades no Orkut ou anúncios em jornal a respeito deles. Existem muitos grupos abertos, pois têm uma filosofia mais didática, então esses são os que você conseguirá contato mais fácil.

Quando eu digo que covens são secretos, o que quero dizer é que na minha rua pode existir um coven e eu não sei nada a respeito dele. Entendem? A única maneira de conhecer um coven assim é conhecer alguém que faça parte dele e, se essa pessoa puder confiar em você, ela irá lhe contar ou mesmo lhe convidar para fazer parte. É assim que as coisas funcionam.

Sendo assim, quando alguém nos pergunta se conhecemos algum coven ou grupo de estudos na cidade tal, não temos como responder. O que a pessoa pode fazer é entrar em alguma comunidade do Orkut, por exemplo, “Wicca - Manaus”, e entrar em contato com as pessoas de lá, fazer amizades.

Mesmo escrevendo que você quer fazer parte de um grupo, é difícil encontrar, pois as pessoas podem ficar receosas. Isso acontece porque há muita gente atrás de covens somente pela modinha. Você precisa mostrar que quer isso de verdade, então troque idéias com as pessoas.

Desnecessário dizer também que é perigoso sair por aí perguntando sobre grupos, pois existe todo tipo de gente louca pelo mundo. Por isso, a única dica realmente útil que eu posso dar é: conheça as pessoas. Se você fizer amizade com alguém legal que também te achar bacana, e se essa pessoa tiver um coven ou grupo de estudos, ela naturalmente irá chamar você para fazer parte. E, se ela não tiver… quem sabe vocês não montam um grupo juntos?
Paciência e cuidado.

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RITUAIS


Elaboramos este guia prático (e básico) para que você use como sugestão ao elaborar seus próprios rituais, etapa por etapa. Vale lembrar que este é um modelo padrão, que você pode seguir ou não. Fique à vontade para tornar o ritual o mais apropriado possível ao que você pode fazer.


1. O objetivo do ritual
Você deve ter bem claro qual o objetivo do ritual, pois sem isso seu ritual será praticamente inútil e apenas desperdício de energia. Isto é muito importante pois é a partir da meta de seu ritual que você poderá delimitar todas as ações que serão realizadas.

2. A escolha das divindades
Se você costuma trabalhar com um panteão específico, possivelmente já tem uma idéia de quais deuses chamará a este ritual, de acordo com o seu objetivo. Se você trabalha com vários panteões, o procedimento deve ser o mesmo. Se você não trabalha com nenhum, pode simplesmente invocar a Deusa e o Deus, de forma genérica. Uma dica importante: procure não misturar panteões em seus rituais.

3. Correspondências
Elabore todas as outras correspondências do ritual. Que tipo de incenso você vai usar, quais ervas, cores das velas, fase da Lua, dia da semana, horário do dia etc. Tudo isso você deve fazer analisando as correspondências e adequando-as ao seu objetivo.

4. Rascunho do ritual
Faça um esboço de todo o seu ritual, desde o momento em que você lança o círculo até o momento em que o ritual se encerra. Se você não sabe como fazer isso, use este guia.

5. Arrumação do altar
Arrume o seu altar de acordo com a ocasião, no local onde realizará o seu ritual. Coloque todos os utensílios necessários, enfeite com plantas (se achar necessário), mas procure manter tudo bastante simples. Não se esqueça de trazer itens extremamente necessários ao ritual, como fósforos e tudo o mais que você possa precisar.

6. Purificação
No dia do ritual, purifique a si mesmo e ao local onde será realizado. Você pode purificar o local através dos quatro elementos: sal (terra), água (água), incenso (ar) e vela (fogo), dizendo bênçãos de purificação e pedindo para os deuses. Cada um tem a sua forma de se purificar. Você pode fazer isso tomando um banho antes do ritual, ungir seu corpo com óleo etc.

7. Lance o círculo
O lançamento do círculo marca o início do ritual. Para saber mais sobre o círculo, clique em
http://olivrodabruxa.blogspot.com/

8. Feitiço
Se você estiver realizando um feitiço, este é o momento de executá-lo. Se for um ritual de sabbat, é neste momento em que se começa o ritual.

9. O cone de poder
Canalize e eleve a energia, direcionando-a para o seu objetivo. Caso você não saiba trabalhar com a energia de forma segura, é aconselhável que não o faça, pois brincar com as energias não é indicado.

10. Aterramento
Depois de enviar o poder, é muito importante aterrar a energia para que não lhe afete internamente. Você pode ficar nervoso, irritado, tudo por conseqüência de um não-aterramento. Por isso, quando enviar o poder, deite-se no chão com a barriga e palmas das mãos e dos pés para baixo e sinta toda a sua energia voltando para a Terra, que lhe envia novas energias também.

11. Encerramento
Agora você pode encerrar o ritual banindo o círculo e agradecendo aos deuses. Na maioria das vezes, deixe as velas e o incenso queimarem até o fim (a não ser que o seu feitiço peça outro fim com as velas, como jogar em água corrente ou enterrá-las).
Muita luz

GUIA DE ESTUDOS


Este guia foi criado para quem está começando a estudar Wicca, Bruxaria e Paganismo e quer ter uma linha a seguir. Sinta-se à vontade para adicionar suas próprias contribuições, pois o estudo é pessoal.


História da Bruxaria
- Como eram as formas de religiosidade no período Paleolítico
- O surgimento do culto a uma Deusa da fertilidade e ao Deus das caças
- Mitologias antigas
- Como o casal divino era cultuado nas religiões antigas
- Como a divindade era vista nas civilizações antigas
- O surgimento do Cristianismo
- A resistência pagã na Gália e na Britânia
- Fusões entre crenças pagãs e cristãs na Europa
- A Bruxaria sendo repassada de maneira oral
- Costumes africanos relacionados à magia
- Bruxaria no Brasil colônia
- Por que as Inquisições surgiram
- O renascimento da Bruxaria do início do século XX até a década de 1950
- O impacto do feminismo e do movimento hippie na Wicca
- O papel dos Estados Unidos na divulgação da religião
- Início das atividades públicas pagãs no Brasil
- O Paganismo nas lendas indígenas

Princípios & Crenças
- Quais as divindades que as bruxas e os bruxos acreditam?
- Qual a relação que se tem com tais divindades?
- A diferença entre a crença nos deuses pagãos e no Deus cristão
- A importância da Terra e da Natureza
- O conceito de imanência
- Os “dogmas” da Wicca
- Diferenças de crenças entre práticas pagãs distintas

Comportamento
- Pensamentos e ações de um bruxo ou bruxa - eles se confrontam? eles se completam?
- A relação com a Natureza
- Reciclagem e outras formas de contribuição ao meio-ambiente
- O impacto do aquecimento global
- Crenças cristãs que ainda podem estar enrraizadas e os motivos - como trabalhá-las?
- O que impede alguém de praticar livremente
- Princípios da Bruxaria e do Paganismo dentro de cada um
- Reflexão sobre o sacerdócio - qual seu papel para a religião?
- Contemplação da Natureza: mar, vento, estrelas, astros, plantas etc.

Influências Externas
- Como lidar com a campanha evangélica ignorante a respeito da Bruxaria?
- O impacto das Inquisições naquela época e ainda hoje
- O preconceito resultante da relação entre a política e as religiões
- Por que há muitas pessoas procurando a Bruxaria hoje?

Divindades
- A Grande Mãe
- O Deus Cornífero
- O culto ao casal divino na Wicca e em outras vertentes
- Mitologias que ainda sobrevivem
- As faces de uma mesma Deusa e de um mesmo Deus
- Monoteísmo, duoteísmo ou politeísmo?

Teoria da Magia
- Diferença entre evocações e invocações
- Magica branca X magia negra
- Energia e poder - o que são, na Bruxaria?
- Os quatro elementos e o alcance do éter
- Reflexão sobre os quatro elementos em tudo o que existe
- Estudos sobre os arcanos maiores e menores do tarô

Instrumentos Mágicos
- Por que usar instrumentos mágicos?
- Os quatro principais instrumentos e sua relação com os elementos e os naipes do tarô
- Formas de consagração dos instrumentos mágicos

Práticas
- O significado, importância e uso do círculo mágico
- Maneiras de se lançar um círculo
- O conceito de elementais, lares e outros seres mágicos
- Conexão e equilíbrio com os quatro elementos em nosso corpo
- A energia mágica das plantas
- Preparo de poções, unguentos, pós, cataplasmas e filtros com ervas
- Cultivo e armazenamento das ervas
- Correspondências mágicas
- Criação de rituais e feitiços
- Etapas dos trabalhos mágicos
- Criação, elevação e direcionamento de energias
- Confecção de talismãs e amuletos
- Exercícios de respiração, relaxamento, visualização, centramento, aterramento etc.
- Uso de oráculos
- Auto-defesa psíquica

Roda do Ano
- A influência da Lua em nossas vidas
- A importância do Sol para a humanidade e o planeta
- Os festivais celtas da colheita
- A distorção do Halloween
- Semelhanças e diferenças entre celebrações cristãs e pagãs
- O motivo pelo qual celebramos as mudanças de fases da Lua
- As quatro estações
- Características de sua região durante toda uma roda
- Modo de celebrar cada sabá e esbá
- A energia de cada dia da semana
- Horas mágicas - o que são e para que servem
- Costumes relacionados a cada sabá
- Lua Negra e a sombra

Tradições & Vertentes
- Definição de tradição
- A importância da iniciação nas tradições
- Formação de grupos e covens
- Prática individual X prática em grupo
- Tradições e vertentes conhecidas - suas diferenças e semelhanças
- Inserção de mitos brasileiros nas práticas pessoais
- Bruxaria tradicional X Bruxaria moderna


Muita Luz

DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO


Algumas dicas que me ajudaram bastante quando eu estava começando e acredito que podem ajudar mais alguém.


1. Examine todas as fontes que puder. De Gardner a Eddie Van Feu, passando por Scott Cuningham e São Cipriano. Independentemente do que essas pessoas são ou falam, você tem que conhecer tudo para ter a sua própria opinião.

2. Faça todas as pesquisas possíveis. Você tem acesso à Internet e, se tem algum santo que eu acredite, é o santo Google. Quer saber mais sobre decocções ou meditações? Entre no site a faça uma busca extensa sobre o assunto. Anote em seu livro das sombras tudo o que achar interessante e válido. O mesmo vale para livros.

3. Jamais considere uma única fonte como verdade absoluta. Nunca ache que somente um autor é certo, e que todos os outros estão errados. Como eu disse no primeiro item, leia de tudo.

4. Escute opiniões. Troque experiências. Por mais que você saiba bastante coisa, sempre vai haver alguém que sabe algo que você não conhece, então respeito é fundamental nessas horas.

5. Saiba a base da coisa toda. Você sabe o básico sobre os sabás? Sobre divindades? Sobre a história da bruxaria? E astrologia? Tarô, runas… Nunca a gente sabe tudo. Continue pesquisando, mesmo (e principalmente) quando você achar que já leu bastante.

6. Simplesmente esqueça o assunto “iniciação”. Sério, nem pense nisso. O que vai fazer de você um bruxo ou bruxa será os rituais que você faz, seus estudos, enfim, o seu dia-a-dia como tal. Não adianta achar que fazendo um ritual que você pegou na internet você se tornou um sacerdote da Wicca. Sério, não é assim.

7. Use as comunidades no Orkut para trocar livros com outros pagãos. É uma ótima forma de economizar e aumentar o nível cultural. Se conhecer alguém que tenha alguns livros legais, copie o que achar mais interessante. Você não precisa comprar o livro. Você economiza dinheiro e preserva o meio-ambiente.

8. Não queira se achar o dono da verdade. Não é porque você acha que sabe bastante que pode depreciar os outros. Como eu disse acima, devemos respeitar porque sempre temos tudo a aprender. Ninguém sabe tudo nem é melhor que ninguém. As pessoas são diferentes.

9. Aprenda a ouvir mais. Quando entrar em uma comunidade do Orkut ou em uma lista de discussão, leia todas as mensagens, mesmo as antigas, antes de falar ou perguntar qualquer coisa. Muitas pessoas já conversaram antes de você chegar lá e a sua dúvida não só deve ter sido respondida, como também muitas pessoas devem ter colocado suas impressões. É essa uma das melhores formas de aprendizado.

10. Ninguém é obrigado a te ajudar e você não deve, de maneira alguma, ficar bravo(a) ou desistir por isso. Quem quer ser bruxo(a) tem que correr atrás das informações. É totalmente desanimador quando alguém te pergunta uma coisa básica, que poderia ser respondida com uma pesquisa simples no Google mesmo. Vá atrás das informações e não espere alguém te dar tudo mastigado. Assim você não será bruxa(o) nem aqui nem na China.
Muita Luz

COMO POSSO ME TORNAR UM(A) BRUXO(A)?


Como posso me tornar um(a) bruxo(a)?
Não vamos enrolar aqui. Se você quer ser um(a) bruxo(a), siga as principais dicas, que servem como instruções:
Você deve ler MUITO, mas muito mesmo. Se você está perguntando a si mesmo(a) como faz para se tornar um(a) bruxo(a), isso significa que você não faz parte de um coven (grupo de bruxas e bruxos), portanto seu caminho será solitário, pelo menos no início. Assim, você é seu próprio mestre. Você deve ter sede de conhecimento. Não espere respostas mastigadinhas dos outros. Corra atrás das informações.
Esse estudo será para sempre. Aos poucos você começará a praticar. Um complementa o outro.
Freqüentemente as pessoas mandam algumas mensagens do tipo: “Não sou iniciada ainda; como posso celebrar os sabás?” ou “Não tenho o athame; como faço para lançar o círculo?”. Sabe, são questões que qualquer pessoa que tivesse o hábito freqüente da leitura pagã não faria, pois há muitos livros dando essas respostas.
Olha, não que seja “bobo” fazer esse tipo de pergunta, mas os praticantes há mais tempo desanimam de responder, pois sabem que qualquer busca no Google resolveria o problema; nem precisava ir tão longe. As bruxas e bruxos sabem que, se uma pessoa não tiver sede de conhecimento, ela não vai a lugar algum na vida, não falando só da Bruxaria, mas principalmente.
Não é necessário um ritual para alguém se tornar bruxo(a). O que faz de uma pessoa bruxa é a prática e a sua vida como tal. Ouve-se muito as pessoas falarem sobre iniciação e auto-iniciação, mas estas se referem somente à Wicca, que é apenas um segmento da Bruxaria. A Bruxaria possui uma diversidade enorme. Talvez o mais correto mesmo fosse dizer “bruxarias” (no plural), porque a Bruxaria é absurdamente diferente em todo o mundo, em todas as épocas.
Você deve ler MUITO, mas também deve ter a consciência de que nenhum livro é a visão definitiva da Bruxaria ou do Paganismo, mesmo os mais confiáveis. A Bruxaria, por não ter um conjunto de leis fixas como a maioria das religiões, e também por não ter um livro sagrado que guie seus adeptos, traz uma certa liberdade de expressão na “religião”. Assim, há diversas vertentes, tradições e visões. Talvez você se identifique mais com um autor do que com outro, mas isso não significa que deva ler apenas os livros daquele autor. Leia tudo o que puder. Cultura nunca é demais.
Muitos também nos escrevem dizendo que não se sentem à vontade para praticar. “Já estudo há dois anos, mas nunca fiz um ritual”. Isso não é Bruxaria. A Bruxaria deve evoluir em teoria e prática. Você só começará a trabalhar seu caminho e espiritualidade como bruxa se desenvolver ambas as coisas. Não adianta só ler, ou só praticar. Isso causa um desequilíbrio que não a levará a nenhum tipo de aprendizado. O nosso próprio site é um exemplo de como a Bruxaria está totalmente ligada às atividades do dia a dia.
Desde o começo, teoria e prática devem caminhar juntas. Estude muito, leia muito, mas vá praticando singelamente. Ninguém precisa ser um expert em Magia pra começar a praticar. A magia da Natureza está acessível a todos, e é o que as bruxas e bruxos praticam. Se você estiver fazendo com amor e humildade perante os deuses, não há nada de mal, nem qualquer tipo de perigo. Se você não ousar, que tipo de bruxa(o) espera ser?
A verdade é que só a prática faz de você um(a) bruxo(a). Não se preocupe com ritual de iniciação, nada disso. Simplesmente esqueça. Fazer qualquer ritual de iniciação pego na internet neste momento não fará de você um(a) bruxo(a). Aos poucos, você perceberá que uma iniciação compromete muito mais do que alguns conhecimentos básicos da religião. Você perceberá também que a iniciação talvez nem seja necessária. Necessário mesmo é praticar, estudar, desenvolver-se espiritualmente, buscar uma conexão íntima com os deuses, saber fazer. Isso só vem com o tempo, com o estudo e com a experiência prática.
Também recebemos muitas mensagens do tipo: “Não tenho dinheiro para comprar livros”. Ora, costumo dar sempre três respostas bem básicas a essas mensagens conformistas:
1. A Internet é um mundo que você pode acessar, senão não estaria me enviando esta mensagem. Portanto, vasculhe neste site inteiro, que você já terá uma base bem legal. Depois, leia os outros sites que estão indicados, porque também são muito bons. Sabe, há milhões de opções. Há as listas de discussões, as comunidades do Orkut. Só não aprende quem não quer. Com uma procura rápida no Google, você fica sabendo o básico da Bruxaria em menos de uma semana. Veja também http://olivrodabruxa.blogspot.com/, meu outro blog e fique por dentro do que é ser wicca.
2. Se você tem pressa para ser um(a) bruxo(a), esqueça. A Bruxaria não é um pastel, que você pede e em cinco minutos está na sua mão, pronto para ser saboreado. A Bruxaria é para a vida toda; tem gente que estuda décadas e ainda assim sabe que tem muitíssimo a aprender. Aliás, estamos sempre aprendendo. Se você não tem dinheiro para comprar livros no momento, isso é uma desculpa ridícula. Daqui a um tempo você vai estar trabalhando e terá seu próprio dinheiro, nem que seja o suficiente para ler um livro por ano.
3. Tenha prioridades. Se você não quer deixar de comer três vezes no fast-food para economizar e comprar um livro, não culpe a falta de dinheiro para não comprá-los.
Vale lembrar, mais uma vez, que a Bruxaria é um ofício que remete ao seu desenvolvimento pessoal, que é absolutamente interno. Ou seja, você vai perceber que, aos poucos, mudará muito, terá outra visão de muitos fatos, aprenderá a pensar mais antes de fazer etc.
Vale lembrar também que se você quer se tornar um(a) bruxo(a) porque acha o mundo da Magia “lindo”, porque acha que a Bruxaria é como a retratada nos livros do Harry Potter, porque quer ter poder sobre os outros, porque quer ser “diferente” da sociedade ou por qualquer outro motivo que não seja o seu desenvolvimento como ser humano através da Magia da Natureza, então é melhor você parar por aqui. A Bruxaria é para todos, mas nem todos são para a Bruxaria.
Repense suas atitudes e, se perceber que quer ser um(a) bruxo(a) por esta ser a sua real vontade, algo que você quer de coração e que sente não poder mais fugir, seja extremamente bem-vinda(o) a esse mundo mágico. Suas intenções são verdadeiras e é isso que fará de você um(a) verdadeiro(a) bruxo(a).



Muita luz

sábado, 14 de fevereiro de 2009

UMA MARCA NA TÁBUA

Por vezes uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física, e sem querer num momento de explosão acabamos por deixar marcas, que se tornam irreparáveis...


Um beijo para todos.


Era uma vez um rapazinho que tinha um temperamento muito explosivo.

Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira.

Disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém.

No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua.

Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados por dia foi diminuindo gradualmente.

Ele foi descobrindo que dava menos trabalho controlar a ira do que ter que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua...

Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse.

Falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os outros.

O pai sugeriu-lhe então que retirasse todos os pregos da tábua e que lha trouxesse.

O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao pai.

Este disse-lhe:

- Estás de parabéns, filho! Mas repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua.

- O que tem?

- Nunca mais ela será como antes...

Quando falas enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como estas...

PARA OLIMPÍADAS

Nos ultimos meses tive uma grande lição de vida...
Percebi que as pessoas que marcam a nossa vida são aquelas que se preocupam, e que de algum modo estão comigo.
Aprendi que a coisa mais importante na vida vai muito além de nos vencermos a nós mesmos, é também ajudar os outros a vencer, ainda que nos obrigue a abrandar e a mudar a nossa corrida...


Há alguns anos atrás, nas Para-olimpíadas de Seattle, nove atletas, todos mentalmente ou fisicamente debilitados estavam prontos na linha de partida dos 100 metros.

Ao disparar da pistola, iniciaram a corrida, não todos a correr, mas todos com vontade de chegar e vencer.

Enquanto corriam, um dos concorrentes caiu no asfalto, deu umas cambalhotas e começou a chorar.

Os outros ouviram-no chorar... Abrandaram, e olharam para trás.

Pararam e voltaram atrás... Todos.

Uma menina com a síndroma de Down sentou-se perto dele e começou a beijá-lo e disse:

- Agora estás melhor?

Então abraçaram-se todos e os nove caminharam em direção à meta.

No estádio todos se levantaram e, aplaudiram durante vários minutos...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

PAR DE ASAS


Há muito tempo atrás, depois do Mundo ser criado e da vida completá-lo, houve num dia, numa tarde de céu azul e calor ameno, um encontro entre Deus e um de seus incontáveis anjos.
Deus estava sentado, calado sob a sombra de um pé de jabuticaba.
Lentamente sem pecado, Deus erguia as suas mãos e então colhia uma ou outra fruta.
Saboreava a sua criação negra e adocicada. Fechava os olhos e pensava. Permitia-se um sorriso piedoso. Mantinha o seu olhar complacente.
Foi então que das nuvens um de seus muitos arcanjos desceu e veio na sua direção. Ele tinha lindas asas brancas imaculadas.
Ajoelhou-se aos pés de Deus e disse:
-"Senhor, visitei a sua criação como me pediu. Fui a todos os cantos. Estive no Sul e no Norte, no Leste e Oeste. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas crianças humanas. E por ter visto, vim até ao Senhor para tentar entender.
Por que cada pessoa sobre a terra tem apenas uma asa? Nós anjos temos duas. Podemos ir até ao amor que o senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas os humanos com uma única asa não podem voar. Não podem voar com apenas uma asa."
Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo:
-"Sim, Eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa."
Intrigado, o anjo queria entender e perguntou:
-"Mas porque o Senhor deu aos homens apenas uma asa, quando são necessárias duas asas para se poder voar, para se poder ser livre?"
Conhecedor de todas as respostas Deus não teve pressa para falar. Saboreou outra jabuticaba, e então respondeu:
-"Eles podem voar sim... Para voar, tu precisas das tuas duas asas e embora livre, estás e sempre estarás sozinho. Mas os humanos, com apenas uma única asa, precisarão sempre de dar as mãos a alguém para terem as suas duas asas. Aprenderão a respeitarem-se pois se partirem ou se a machucarem a única asa da outra pessoa, podem estar a acabar com a sua própria oportunidade de voar. Eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa. Aprenderão que somente permitindo-se amar eles poderão voar. Tocando a mão de outra pessoa, num abraço correto e afetuoso, num gesto de bondade, eles poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão voar através do amor. E nunca estarão sozinhos quando forem voar."
Deus silenciou-se no seu sorriso e o anjo compreendeu o que não precisava ser dito...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O DIAMANTE

Por vezes a nossa vida nos coloca em situacões que pensamos nao ter solução ou retorno, mas há sempre diamantes à espera de serem encontrados em nós ou na nossa vida. E é muito provável que eles estejam mais perto do que se imagina.
Por isso, não devemos gastar a nossa vida numa busca inútil!
Um beijo para todos...
Havia um homem chamado Ali Hafed, no Irã, que era fazendeiro.
Ele estava contente com sua situação. A fazenda era excelente e rendosa.
Tinha esposa e filhos, criava carneiros, camelos e plantava trigo.
-"Se um homem tem esposa, filhos, camelos, saúde e paz de Deus", dizia ele, é um homem rico!".
Ali Hafed continuou rico até que, certo dia, um sacerdote veio visitá-lo e começou a falar em diamantes.
E o sacerdote comentou:
-"Eles cintilam como um milhão de sóis, na verdade, é a coisa mais linda do mundo."
De repente, Ali Hafed passou a sentir que o que tinha era pouco. E começou a ficar descontente com o que possuía. Perguntou ao sacerdote:
-"Onde se podem encontrar esses diamantes? Preciso possuí-los!"
O sacerdote respondeu:
-"Dizem que é possível achá-los em qualquer parte do mundo. Procurando num riacho de águas transparentes correndo sobre a areia branca, em região montanhosa, e ali acharás diamantes." Ali Hafed, então tomou uma decisão, vendeu a fazenda, confiou esposa e filhos aos cuidados de um vizinho, e se lançou na sua jornada à procura de diamantes.
Viajou pela Palestina, depois ao longo do vale do Nilo, até que, encontrou-se junto ás colunas de Hércules, entrando a seguir na Espanha.
Sem recursos, e sem condições de comunicar-se com a família. Num acesso de desespero, profundamente deprimido, lançou-se ao mar e morreu...
Entretanto, o homem que adquiriu a fazenda de Ali Hafed achou uma curiosa pedra negra, enquanto o seu camelo matava a sede num riacho da propriedade.
Levou a pedra para casa, colocou-a sobre a lareira e esqueceu-se dela.
Um dia apareceu o sacerdote, outra vez. Olhou acidentalmente para a pedra negra e notou um lampejo colorido saindo de um ponto de onde saíra uma lasca. E disse ao fazendeiro:
-" Um diamante! Onde o encontrou?"
-" Encontrei-o nas frias areias do riacho de águas claras onde levo meu camelo para beber", disse o fazendeiro.
Juntos, arrebanhando as túnicas e correndo tão depressa quanto permitiam as sandálias, dispararam rumo ao riacho.
Começaram a cavar e acharam mais diamantes!...
Esse achado transformou-se na Mina de Diamantes Golconda - a maior mina do mundo!...

UMA DEFINIÇÃO LINDA


MYTYA:
"Bruxas são anjos que nos socorrem no momentos mais difíceis e sem as quais seria impossível viver, pois tôda mulher no fundo da alma é uma bruxa, pois a elas cabe o milagre da perpetuação da espécie, por serem a parte positiva da criação."
Feliz em ser seu amigo.
Abraços

DE MYTYA


Vinha passando pelo meu caminho
Um vulto estranhamente iluminado...
Para onde eu ia, o vulto ia a meu lado.
E desde então, não andei mais sozinho!


Abraçou-me. beijou-me com um carinho
Que a um ser divino não seria dado...
E eu me elevava, sendo assim beijado
Muito acima do humano borborinho!


Falou-me de ilusões e de luares,
Da tribo alegre que povoa os ares...
- Assombrava-me aquela claridade!


Mas através daquelas falsas luzes
Pude rever enfim todas as cruzes
Que têm pesado sobre a Humanidade!.


Enviada pelo amigo MYTYA

domingo, 25 de janeiro de 2009

A VISÃO DO BELO

Por vezes achamos que a nossa vida não corre como desejamos e culpamos o destino... ( Vá-se lá saber porquê! )
Esquecemo-nos que a vida é tudo aquilo que nós fazemos dela.
Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher o que plantamos....
Porque a vida é, sempre foi, e sempre será aquilo que nós a tornamos...

Um beijo para todos

Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital.

Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto.

O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar, onde eles costumavam ir nas férias. E toda tarde, quando o homem perto da janela podia sentar-se, ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela.

O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava prá ver um parque com um lago bem legal. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos.
Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem e uma fina linha podiam ser vistas no céu da cidade.

Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca.
Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não pudesse escutar a música, ele podia ver e descrever tudo.

Dias e semanas passaram-se.
Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono à noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora.

Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu à enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois de verificar que ele estava confortável o deixou sozinho no quarto.

Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu fazê-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou à enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas todos os dias, se pela janela só dava prá ver um muro branco?

A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.

Moral da história: há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de nossa situação atual. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma aflição, mas felicidade quando compartilhada é ter o dobro de felicidade. Se você quer se sentir rico, apenas conte todas as coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar. Hoje é um presente e é por isso que é chamado assim.
O autor dessa história é desconhecido, mas ela traz boa sorte para todos que a lêem.

O JULGAMENTO

Quantas vezes digo a mim mesma que por mais difícil que seja uma situação, não posso deixar de acreditar até o último momento... e que para qualquer problema há sempre uma saída. Por isso... não desistam, não se deixem derrotar. Persistam, vão sempre em frente apesar de tudo e de todos, creiam que podem conseguir!! Se vocês acreditarem nisso, conseguirão superar todas as limitações...

Um beijo para todos


Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.

Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento procurou-se um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas possibilidades de sair vivo do julgamento, temendo o resultado - A FORCA.

O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento injusto, fazendo uma proposta ao acusado que provasse a sua inocência.

Disse o juiz:

- "Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar a tua sorte nas mãos de Deus. Vou escrever num pequeno papel a palavra INOCENTE e no outro papel a palavra CULPADO. Sortearás um dos papéis, e aquele que sair, será o veredicto e assim Deus decidirá o teu destino."

Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia qualquer possibilidade do acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem.

O juiz colocou os dois papéis numa mesa e mandou o acusado escolher um.

O homem pensou alguns segundos e, pressentindo a "vibração", aproximou-se confiante da mesa, pegou num dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e engoliu-o. Os presentes no julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

-"Mas o que fizeste? E agora? Como vamos saber qual é o teu veredicto?"

- "É muito fácil" - respondeu o homem.

- "Basta olhar o outro papel que sobrou e saberemos que acabei de engolir o contrário."

Imediatamente o homem foi libertado...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

OS DOZE PRATOS


Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia tomou conta do Império, e, às vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel.
Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
- Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
Quantas vezes, deixamos o nervosismo do momento tomar lugar nas nossas vidas e duras palavras ferem a quem amamos!
Quantas coisas colocamos na frente do amor, do respeito, da compreensão que deveríamos ter?Que neste dia, tenhamos tempo para meditar se não estamos matando por um prato quebrado...